Saiba um pouco mais sobre os tipos mais comuns de hepatite:
Hepatite A
A hepatite A é uma infecção no fígado causada por um vírus, o HAV. Geralmente esta doença, que é o tipo mais comum de hepatite, faz com que o fígado fique inflamado por um tempo, mas não costuma evoluir para casos muito graves e os doentes se recuperam sem maiores problemas. Além do tipo A, a hepatite também pode se apresentar de outras duas formas: B e C, cada uma com sua peculiaridade. Você só poderá contrair esta doença uma vez, depois disso, ficará imune ao vírus pelo resto da vida.
Hepatite B
A hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada pelo vírus da hepatite B. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. A transmissão pode ocorrer via transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Só é possível contrair este vírus pelo contato com o sangue. Portanto, ele não é transmitido pelo beijo, abraço, tosse, espirros, copos, talheres e pratos. Este vírus é menos facilmente transmitido do que o da hepatite A. Tome cuidado: se os instrumentos usados pela sua manicure estiverem contaminados, eles poderão transmitir a infecção caso haja algum corte ou machucado em suas mãos e pés.
O vírus da hepatite é bastante resistente. Ele pode sobreviver sete dias em ambiente externo e atingir de 5% até 40% das pessoas não vacinadas. Ou seja, o risco é maior do que o de se contrair hepatite C (varia de 3% a 10%) e AIDS (varia de 0,2% a 0,5%). É possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença. Se o vírus não for embora do seu corpo, você terá o que se chama de hepatite crônica. Bebês têm uma maior tendência para desenvolver este tipo de hepatite. Já a maioria dos adultos tem hepatite A por pouco tempo, a chamada hepatite aguda.
Hepatite C
Hepatite C é uma infecção no fígado causada por um vírus. Como na maioria dos casos ela não tem cura, apenas controle, ao longo do tempo pode levar a danos permanentes no fígado como cirrose, câncer ou até mesmo o comprometimento total do órgão. Muitas pessoas convivem anos com este vírus sem saber que estão contaminadas. Isto é muito perigoso, pois elas só acabam percebendo que estão doentes depois que o fígado já está com danos graves. Em alguns casos, o doente pode ter a doença por pouco tempo e logo se restabelecer, é a chamada hepatite aguda. A maioria das pessoas infectadas pelo VHC, no entanto, fica com ele por um longo tempo, de forma crônica. Apesar de ser uma doença grave, é possível viver com ela sem grandes alterações no seu dia-a-dia. Hoje, existem 200 milhões de pessoas infectadas por este vírus no mundo. No Brasil, esse número é de aproximadamente 3,2 milhões.
Outros tipos
Além das variações mais comuns, existem outros tipos de hepatite que chamam a atenção dos especialistas. Saiba mais sobre todas elas:
Hepatite aguda
É uma inflamação do fígado causada por um dos vírus da hepatite, mas costuma ser mais curta e seus sintomas aparecem de forma abrupta. Os sintomas são semelhantes às demais hepatites: inapetência, náuseas, vômito e febre. Também é comum a presença de dor nas articulações e urticária (com erupções na pele). O mais comum é que o paciente se recupere após quatro a oito semanas, mesmo sem tratamento específico. Há ainda a possibilidade de o
indivíduo ser um portador crônico do vírus, sem sintomas, mas com o fígado infeccionado. Nestes casos, há chance do desenvolvimento de câncer no fígado
Hepatite colestática
Esta é a forma menos freqüente de hepatite, seja em crianças ou em adultos. A pele, a boca e os olhos ficam muito amarelados, o doente tem febre e coceira intensa. Ela acontece quando os canais que carregaram a bile (um tipo de secreção) do fígado ficam inflamados e bloqueados, impedindo que a
substância chegue até o duodeno. Assim como a hepatite A, não há medicação específica para esta doença. Recomenda-se descanso, dieta balanceada e não consumir bebidas alcoólicas. O ciclo dessa moléstia é prolongado, podendo durar de dois a seis meses. A boa notícia, porém, é que ela não deixa seqüelas.
Hepatite crônica
Quando o corpo não consegue destruir as células infectadas pelo vírus a inflamação do fígado persiste. Isso acontece em cerca de 3% a 8% dos adultos com hepatite B. No caso da hepatite C, o risco dela se tornar crônica é muito maior: 75%. Se a infecção permanecer por um período superior a seis meses, tem-se a chamada hepatite crônica. Neste caso, a chance de cura espontânea é pequena. Ela costuma, porém, ser uma inflamação leve que não leva a danos mais sérios no fígado. Mas em alguns casos, a inflamação vai destruindo as células sãs do fígado até levar à cirrose ou à insuficiência hepática. A cirrose aumenta a chance de o doente desenvolver câncer de fígado. Hepatite D
A infecção por este tipo de hepatite só ocorre em pacientes que já tenham sido infectados pelo vírus da hepatite B (VHB). É uma infecção mais forte e também mais rara do que a B, mas a vacinação contra o VHB também protege do VHD. Hepatite fulminante Agravamento rápido e repentino da hepatite que leva a alterações neurológicas (sonolência, confusão mental), além de sangramentos e dificuldade respiratória. Se não tratada rapidamente, pode levar à morte. Cerca de 50% dos de hepatite fulminante estão relacionados à infecção com hepatite B.
Hepatite viral
É o nome genérico para as inflamações do fígado causadas por vírus. Elas podem ser dos seguintes tipos:
Hepatite A (VHA)
Hepatite B (VHB)
Hepatite C (VHC)
Hepatite D (VHD)
Hepatite E (VHE)
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