quarta-feira, 20 de abril de 2011

O que é Hepatite?

Hepatite é o nome genérico de qualquer inflamação no fígado. Vários fatores podem detonar esse distúrbio, como vírus, bactérias, medicamentos, álcool e até uma reação do próprio organismo. Por aí dá para perceber que não estamos falando de uma doença só, mas de várias, com características bem diferentes dependendo do causador. Grosso modo, o resultado dessa inflamação é o mesmo: as células do fígado não suportam o ataque, inflamam e morrem. No lugar delas surge uma cicatriz. A grande maioria dos casos é causada por vírus (principalmente os tipos A, B e C) e aqui também há enormes diferenças dependendo do tipo. Mas apenas 30% das vítimas têm sintomas, como a clássica pele amarelada -- o resto nem  suspeita do mal. Em alguns casos, você pode passar décadas assim e descobrir o mal quando o estrago já está feito, resultando em cirrose ou câncer. Por isso, o melhor mesmo é se prevenir.
 
Saiba um pouco mais sobre os tipos mais comuns de hepatite: 


Hepatite A
A hepatite A é uma infecção no fígado causada por um vírus, o HAV. Geralmente esta doença, que é o tipo mais comum de hepatite, faz com que o fígado fique inflamado por um tempo, mas não costuma evoluir para casos muito graves e os doentes se recuperam sem maiores problemas. Além do tipo A, a hepatite também pode se apresentar de outras duas formas: B e C, cada uma com sua peculiaridade. Você só poderá contrair esta doença uma vez, depois disso, ficará imune ao vírus pelo resto da vida.

Hepatite B
A hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada pelo vírus da hepatite B. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. A transmissão pode ocorrer via transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Só é possível contrair este vírus pelo contato com o sangue. Portanto, ele não é transmitido pelo beijo, abraço, tosse, espirros, copos, talheres e pratos. Este vírus é menos facilmente transmitido do que o da hepatite A. Tome cuidado: se os instrumentos usados pela sua manicure estiverem contaminados, eles poderão transmitir a infecção caso haja algum corte ou machucado em suas mãos e pés.

O vírus da hepatite é bastante resistente. Ele pode sobreviver sete dias em ambiente externo e atingir de 5% até 40% das pessoas não vacinadas. Ou seja, o risco é maior do que o de se contrair hepatite C (varia de 3% a 10%) e AIDS (varia de 0,2% a 0,5%). É possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença. Se o vírus não for embora do seu corpo, você terá o que se chama de hepatite crônica. Bebês têm uma maior tendência para desenvolver este tipo de hepatite. Já a maioria dos adultos tem hepatite A por pouco tempo, a chamada hepatite aguda.

Hepatite C
Hepatite C é uma infecção no fígado causada por um vírus. Como na maioria dos casos ela não tem cura, apenas controle, ao longo do tempo pode levar a danos permanentes no fígado como cirrose, câncer ou até mesmo o comprometimento total do órgão. Muitas pessoas convivem anos com este vírus sem saber que estão contaminadas. Isto é muito perigoso, pois elas só acabam percebendo que estão doentes depois que o fígado já está com danos graves. Em alguns casos, o doente pode ter a doença por pouco tempo e logo se restabelecer, é a chamada hepatite aguda. A maioria das pessoas infectadas pelo VHC, no entanto, fica com ele por um longo tempo, de forma crônica. Apesar de ser uma doença grave, é possível viver com ela sem grandes alterações no seu dia-a-dia. Hoje, existem 200 milhões de pessoas infectadas por este vírus no mundo. No Brasil, esse número é de aproximadamente 3,2 milhões.

Outros tipos
Além das variações mais comuns, existem outros tipos de hepatite que chamam a atenção dos  especialistas. Saiba mais sobre todas elas:

Hepatite aguda
 É uma inflamação do fígado causada por um dos vírus da hepatite, mas costuma ser mais curta e seus sintomas aparecem de forma abrupta. Os sintomas são semelhantes às demais hepatites: inapetência, náuseas, vômito e febre. Também é comum a presença de dor nas articulações e urticária (com erupções na pele). O mais comum é que o paciente se recupere após quatro a oito semanas, mesmo sem tratamento específico. Há ainda a possibilidade de o

indivíduo ser um portador crônico do vírus, sem sintomas, mas com o fígado infeccionado. Nestes casos, há chance do desenvolvimento de câncer no fígado

Hepatite colestática 
Esta é a forma menos freqüente de hepatite, seja em crianças ou em adultos. A pele, a boca e os olhos ficam muito amarelados, o doente tem febre e coceira intensa. Ela acontece quando os canais que carregaram a bile (um tipo de secreção) do fígado ficam inflamados e bloqueados, impedindo que a

substância chegue até o duodeno. Assim como a hepatite A, não há medicação específica para esta doença. Recomenda-se descanso, dieta balanceada e não consumir bebidas alcoólicas. O ciclo dessa moléstia é prolongado, podendo durar de dois a seis meses. A boa notícia, porém, é que ela não deixa seqüelas.

Hepatite crônica 
 Quando o corpo não consegue destruir as células infectadas pelo vírus a inflamação do fígado persiste. Isso acontece em cerca de 3% a 8% dos adultos com hepatite B. No caso da hepatite C, o risco dela se tornar crônica é muito maior: 75%. Se a infecção permanecer por um período superior a seis meses, tem-se a chamada hepatite crônica. Neste caso, a chance de cura espontânea é pequena. Ela costuma, porém, ser uma inflamação leve que não leva a danos mais sérios no fígado. Mas em alguns casos, a inflamação vai destruindo as células sãs do fígado até levar à cirrose ou à insuficiência hepática. A cirrose aumenta a chance de o doente desenvolver câncer de fígado.

Hepatite D
A infecção por este tipo de hepatite só ocorre em pacientes que já tenham sido infectados pelo vírus da hepatite B (VHB). É uma infecção mais forte e também mais rara do que a B, mas a vacinação contra o VHB também protege do VHD. Hepatite fulminante Agravamento rápido e repentino da hepatite que leva a alterações neurológicas (sonolência, confusão mental), além de sangramentos e dificuldade respiratória. Se não tratada rapidamente, pode levar à morte. Cerca de 50% dos de hepatite fulminante estão relacionados à infecção com hepatite B.

Hepatite viral
É o nome genérico para as inflamações do fígado causadas por vírus. Elas podem ser dos seguintes tipos:
Hepatite A (VHA)
Hepatite B (VHB)
Hepatite C (VHC)
Hepatite D (VHD)
Hepatite E (VHE)

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