quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Difteria - Doença Infecto-Contagiosa


A difteria, também denominada crupe, é uma doença infecto-contagiosa caracterizada pela presença de uma pseudomembrana cinza-esbranquiçada no local da infecção. Provocada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, alguns de seus sintomas surgem em razão da liberação das toxinas que este produz. 

Febre baixa, taquicardia e, em alguns casos, chiados e tosses ao respirar são os sintomas desta doença. Esses, geralmente, acentuam-se no período noturno. Paralisias dos nervos e rins, lesões e/ou insuficiência cardíacas e neuropatia periférica devido à ação das toxinas, além de sufocamento devido à obstrução dos canais respiratórios, causada pela membrana, são manifestações que podem ocorrer em situações mais graves, com condições de levar o indivíduo a óbito (cerca de 20% dos casos). Feridas cutâneas podem surgir. 

Ocorre, geralmente, em épocas frias do ano: período em que as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão da bactéria. 

Gotículas de saliva liberadas no ar, contato cutâneo com a infecção ou com objetos contaminados pelas secreções de portador permitem a contaminação de outros indivíduos. Logo, para prevenção é necessário evitar tais condições. O período de incubação é de aproximadamente cinco dias, sendo que as pessoas acometidas podem transmitir a difteria por cerca de duas semanas após o início das manifestações. 

Atualmente, vê-se que apenas pessoas que não tomaram a vacina ou que não a recebeu de forma correta é que são acometidas por esta doença. Indivíduos de ambos os sexos e todas as idades, nestas condições, podem estar suscetíveis, embora casos envolvendo crianças sejam mais frequentes. 

diagnóstico é feito a partir de hemogramas e análise das secreções nasais recolhidas pelo médico. Recomenda-se não retirar a membrana, já que esta ação pode aumentar a absorção da toxina. Repouso, antibióticos e aplicação de soro antidiftérico são requeridos para tratamento. Pode ser necessária a aspiração das vias aéreas, de forma cuidadosa.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dia Nacional da Saúde


No dia 5 de Agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional da Saúde.

Foi escolhida essa data em homenagem ao médico Oswaldo Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872.  Mas não é somente neste dia que se deve cuidar dela.
A saúde resulta de um equilíbrio físico, orgânico e mental do nosso organismo, conquistado no dia-a-dia. Esse equilíbrio é adquirido através de vários fatores, como uma boa alimentação à base de frutas, verduras, carboidratos, proteínas, pouca gordura e muita água; um bom descanso; alguma atividade física; cuidados com a higiene pessoal; horas de lazer.
O cuidado com a saúde é um hábito que todos devem ter. É importante lembrar de nossa saúde diariamente!

Em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Nacional, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, hoje Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Sua trajetória se confunde com a história da saúde pública brasileira.



Oswaldo Cruz: o médico do Brasil


Oswaldo Cruz nasceu em São Luis do Paraitinga, interior de São Paulo. Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões Cruz, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos 15 anos. Antes de concluir o curso, publicou dois artigos sobre microbiologia na revista Brasil Médico.

Formou-se em 24 de dezembro de 1892, defendendo a tese "Veiculação Microbiana pelas Águas". Em 1896, foi para Paris especializar-se em bacteriologia no Instituto Pasteur, que na época reunia grandes nomes da ciência.

Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública em 1903, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal, atual Fiocruz, como base de apoio técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento. Em poucos meses, a incidência de peste bubônica foi reduzida com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

Em 1904, com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida.
O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia 13 de novembro estourou a rebelião popular (a Revolta da Vacina) e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina.

Em 1909, Oswaldo Cruz deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto (Fiocruz), onde lançou importantes expedições científicas que possibilitaram a ocupação do interior do país. Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia.
Como conseqüência, as obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes de operários pela malária, puderam ser finalizadas.

Em 1913 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Soroterápico e mudou-se para Petrópolis. Como prefeito da cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver executado.
Oswaldo Cruz morreu de insuficiência renal em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis, com apenas 44 anos.